Crise de 29 - Queda da Bolsa de Valores de New York

A CRISE DE 29

 

A - Significado Histórico

   O Capitalismo é um sistema internacional com crises ciclícas, ou seja, que ocorrem em ciclos dentro do sistema e seus participantes. Cada crise que ocorre é pior e maior que a anterior. Suas crises atinge todos os integrantes que participam desse sistema internacional, o que leva a ser uma crise em proporções mundiais.

   A Crise de 29 começou nos EUA que era governado pelo partido Repúblicano. É uma crise de superprodução que atingiu todo sistema financeiro. Deixou claro os limites do Liberalismo econômico, ou seja, quando a capacidade de produzir é maior do que a capacidade de consumir, indicando que o mercado não se auto-regulamenta e há necessidade de intervenção (proposta do Neoliberalismo).

  

B - Contexto

   Nos EUA a primeira década do século XX é marcada pela forte mecanização da indústria e do campo, a chamada 2ª Revolução Indústrial. Havia grande concentração de capitais que ocasionou a intensificação da concorrência de grandes empresas e levando a falência de pequenas empresas. O aumento da taxa de desemprego, por que muitas empresas estão falindo e o trabalho humano está sendo substituido pelo trabalho mecanizado, consequentemente o declínio do mercado consumidor e elevação das taxas de produção.

   Com a I Guerra Mundial ou Grande Guerra, em 1914-18, o estimulo a produção cresceu, criando um clima de euforia para a conquista de mercados consumidores que eram antes europeus. A Europa não podia atender as necessidades de seus mercados (interno e externo), tendo que ser "abastecida" por produtos americanos. O modelo de pagamento utilizado era Contra-Entrega, gerando um círculo vicioso: quanto mais produzia , mais vendia para Europa e mercados latinos americanos. Dessa maneira as empresas americanas ganham valorização em suas ações.

  Com o término da guerra, passou-se a exporta capitais para a reconstrução européia (cerca de 13 milhões de doláres) e o clima de euforia se intensifica com o surgimento do "American Way of Life" que tem ideologicamente a prosperidade infinita, a fé no processo de intenso consumo. Esse consumo demonstrado como modelo para o mundo, com crescimento vertiginoso da produção e venda, enquanto isso os preços das ações continuava a crescer.

   Em 1925 a Europa já está recuperando sua economia e voltando a disputar mercados e com isso os preços dos produtos sofrem quedas. O EUA está com superprodução em estoque, estimulando o crédito interno.

   A insegurança política Européia faz com que o governo americano perca a garantia de seus investimentos e estes passam a ser recolhidos. O excesso de capitais recolhidos foram aplicados na Bolsa de Valores, pois era inviável reenvesti-los na produção, mantendo um preço artificial. No entanto dinheiro não faz dinheiro. Com a redução da produção, gera mais desemprego e reduz o o mercado consumidor. O valor das ações é virtual e não correspondem com a real situação da empresa. Falência generalizada, QUEDA DA BOLSA DE NOVA YORK.

 

C - Eclosão da Crise de 29

    O presidente do EUA era o repúblicano Herbert Hoover. No dia 24 de outubro de 1929, conhecido como 5ª feira negra, os valores das ações sofreram queda de 40% e 16 milhões de ações não encontraram compradores, dessa forma a crise atingi o sistema financeiro mundial.

   A crise foi intensa e longa duração (1929-33), gerou falências e desemprego (27% da força de trabalho do EUA,  15 milhões de desempregados). A Alemanha faliu, interrompendo a recuperação e o crescimento que estava desde a I Guerra Mundial, 44% da força de trabalho desempregado ( 7 milhões), sem ter investimentos americanos, arcando com as imposições do Tratado de Versalhes.

   Inglaterra e França são atingidas e sem o pagamento das indenizações da Alemanha. Colapso no mercado mundial de matérias primas e manufaturados, muitos suicídios e crescimento do Nazifacismo e Socialismo.

 

D - Soluções Internas

  Brasil, México e Argentina: Substituiram a importação de máquinarios para se industrializar.

  Alemanha: Nazismo

  França e Inglaterra: Fim do Liberalismo e intervenção do Estado na econômia.

  EUA: New Deal