Descolonização Afro-Asiádica

   A descolonização Afro-asiática está inserida no contexto da Guerra Fria. Os continentes Asiático e Africano que foram colonizados em fins do século XIX por meio do Imperialismo europeu, tais continentes foram bastantes explorados pelas metrópoles européias, sendo vistos no contexto mundial como os fornecedores de matérias primas e produtos da Europa, sendo chamado de “quintal europeu”.

   No período entre guerras, os partidos políticos e os movimentos nacionalistas começaram a se organizar contra as metrópoles, ganhando adeptos, aumentando seu espaço social e acumulando forças. Com o fim da II Guerra Mundial os movimentos nacionalistas antiimperialistas se manifestavam fortemente a favor da autodeterminação dos povos.

   O socialismo é visto como uma alternativa real à miséria decorrente da exploração européia. O mito da superioridade racial também é colocado na sua reta final, as pessoas percebem que não passa de uma farsa. Com as constantes guerras a Europa está enfraquecida e os seus Impérios Coloniais estão mais fracos. As grandes potências agora são EUA e URSS, representação do capitalismo e socialismo respectivamente, apoiando à autodeterminação dos povos para estes se aliarem com eles. As descolonizações tiveram dois caminhos, a pacífica e a violenta.

   A descolonização pacífica foi a maneira via negociação, mas impediu a ruptura completa com a metrópole que admitia a autodeterminação política reconhecendo a independência e mantendo os laços econômicos. A metrópole teve que ter sua desmontagem na colônia gradualmente voluntariamente, mas sob pressão. Alguns exemplos são a Inglaterra, Malásia, Indonésia, Paquistão e Bangladesh.

   A Índia dominada desde o século XVIII, em 1855 viu surgir o movimento nacionalista que se fortaleceu no entre guerras com a adesão de muçulmanos e hindus. O Partido do Congresso liderou a oposição através de Mahtma Gandhi que pregava a desobediência civil, não pagando impostos e não comprando produtos britânicos. Resultando na independência da Índia.

A descolonização violenta foi ruptura das estruturas econômicas, políticas e sociais colonialistas, acompanhadas de guerras de libertação e revoluções socialistas. Exemplo a Indochina, Angola, Moçambique e Argélia.

    O Vietnã foi dominado pela França, era o produtor de frutas tropicais, cereais e pesca, a população rural estava condenada á exploração metropolitana e á miséria. No entre guerras o Partido Comunista começou a crescer e com a Crise de 29 ganhou ainda mais força. A partir de 45 o país foi divido em dois. Em 1954, na Conferência de Genebra, adotou-se o paralelo 17 como referência para o norte (Socialista) e o sul (Capitalista). Em 1956, conforme o previsto na Convenção, ocorreu um plebiscito e o sul aderiu ao norte, sob domínio socialista, mas os EUA não aceitaram e teve início da Guerra do Vietnã.